Bento da Cunha Pessoa

n: cerca de 1805
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David Lopes da Cunha Pessoa

n: 6 Agosto 1827
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Dr. Francisco Lopes da Cunha Pessoa

n: 11 Junho 1825

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Gabriel da Cunha Pessoa

n: cerca de 1818, f: 10 Fevereiro 1892

Familia: Maria Amália Dias Ferreira n: c 1818, f: 16 Nov 1877

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Humberto Lopes da Cunha Pessoa

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José da Cunha Pessoa

n: cerca de 1781, f: 18 Junho 1818
  • Nota: tinha à entrada do Rrgimento de Infantaria nº 11, 59 polegadas de altura (1,5 m) e olhos e cabelos castanhos
  • Nota: Livro 2 dos Quarteis Mestres - livro de Registo dos Assentos dos Oficiais e Praças do Regimento de Infantaria nº 11 de 1809 - 1815 (PT/AHM/G/LM/B-11/02/0782)

    Livro nº 3 dos Quarteis Mestres - Livro de Registo dos Assentos dos Oficiais e Praças do Regimento de Infantaria nº 11 de 1815 - 1818
    PT/AHM/G/LM/B-11/03/1261
  • Casamento: Casado(a) com=Mécia Henriques
  • Nascimento: cerca de 1781; Fundão, Guarda
  • Falecimento: 18 Junho 1818; Aldeia da Cruz; Foi encontrado pendurado numa corda (Paróquia de Ourém, Óbitos Liv nº 1 1811-1834)

Familia: Mécia Henriques n: 20 Nov 1763

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José Dias Ferreira da Cunha Pessoa

  • Nota: Consul geral em Honolulu, Hawai, EUA
  • Casamento: Casado(a) com=Emilia [...]

Familia: Emilia [...]

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Dr. José Martins da Cunha Pessoa1

n: Abril 1745, f: 20 Agosto 1822
  • Nota: O notável médico e químico afamado, Dr. José Martins da Cunha Pessoa, nasceu no lugar de Alcanena, ao tempo deste concelho de Torres Novas, nos primeiros dias do mês de abril de 1745 e faleceu em Lisboa a 20 de agosto de 1822. Inocêncio Francisco da Silva assevera no Dicionário Bibliográfico (V-63) que se ignora a data do seu nascimento.
    Era filho de António Martins da Cunha Pessoa, natural de Moimenta da Beira, e de sua mulher D. Joana Maria, natural de Alcanena. Pelo lado paterno descendia, pois, o Dr. Cunha Pessoa da mais nobre e ilustre estirpe, estando aparentado com muitas das principais famílias da Beira.
    Aluno laureado da faculdade de filosofia da Universidade de Coimbra, tomou o grau de bacharel formado, recusando o capelo e o lugar de demonstrador experimental, visto querer dedicar-se ao estudo da medicina, em cuja faculdade se formou também no ano de 1778, sendo considerado como o aluno mais distinto do seu tempo.
    Começando por exercer a clínica como médico do partido desta vila de Torres Novas, foi em 1786 chamado para Lisboa como médico de número da real câmara, cargo que serviu durante o reinado de D. Maria I e sob a regência do príncipe D. João. Como fossem deminutos os honorários de tão honroso cargo, D. Maria I deu-lhe a tesouraria da Bula do bispado do Porto, cujo ofício rendia 800$000 réis.
    . A 7 de julho de 1806 foi eleito sócio efectivo da Academia Real das Ciências de Lisboa, passando a sócio veterano da mesma Academia em 8 de abril de 1817.
    Quimico de notável autoridade, exerceu várias comissões de serviço público, apresentando à Academia dois trabalhos que foram justamente apreciados :
    -     As Minas de Ferro de Figueiró dos Vinhos.
    -     O Nitro e utilidades que dele se podem tirar. Lisboa, 1800, os quais foram publicados nas Memórias Económicas, tom. II e IV, respectivamente, daquela sociedade.
    Na Bibliografia Médica Portuguesa, publicada pelo Dr. António Inácio da Fonseca Benevides no "Jornal da Sociedade de Ciências Médicas" de 1842 (XV-50), vemos que o Dr. José Martins da Cunha Pessoa, médico doutorado pela Universidade de Coimbra, foi membro da Junta do Proto-Medicato e médico da Real Câmara de D. Maria I e do Príncipe Regente, o que está bem. Ao enumerar, porém, os trabalhos científicos que êle escreveu inclui neles uma Memória sobre as fábricas de ferro de Ferreiro, publicada no volume II da Colecção das Memórias Económicas da Academia das Ciências de Lisboa. É manifesta confusão com a memória sobre as Minas de Ferro de Figueiró dos Vinhos, a que acabamos de referir-nos. A Ene. Port. (VI11-528) erra também chamando-lhes Minas de Ferro da Figueira!
    Escreveu ainda:
    -     Análise das Águas Férreas de Torres Novas, publicada no "Jornal de Coimbra", n.° 36, pág. 259.
    -     Resposta ao que se publicou no "Investigador Português", n.° 45, em abono das Cartas de Francisco de Borja Garção Stockler ao autor da "História Geral da Invasão dos Franceses", etc, publicada no próprio "Investigador", n.° 52, pág. 477. No n.° 61, pág. 3, saiu uma Refutação a esta Resposta, por Filodiceos.
    -     Análise das águas termais das Caldas da Rainha, Coimbra, 1778, considerado como o trabalho mais perfeito no género.
    Robusto de inteligência, não o era menos fisicamente, pois dispunha de uma força de músculos pouco vulgar e de uma coragem admirável. Alto, enxuto de corpo, mas espadaúdo, com fisionomia viva e varonil, tal era o Dr. José Martins da Cunha Pessoa, segundo escreveu um seu biógrafo (Dic. Port., 11-1273 e V-699).
    Aos 13 de janeiro de 1779, na ermida de S. Sebastião, anexa à matriz colegiada de S. Pedro de Torres Novas, casou com D. Antónia Maria Rosa Barroso, filha do alferes Faustino José de Sousa e de sua mulher D. Maria Eugênia da Conceição Barroso. (L.° de Casamentos que principia em 1745, a fol. 118).
    Deste casamento houve só uma filha, D. Maria Eugênia da Cunha Pessoa, casada com o conselheiro de estado e do almirantado, José Maria Dantas Pereira, (') que foram sogros do Dr. Francisco Luis de Gouveia Pimenta e de José de Sousa Couceiro Baracho, de quem tratamos sob os N.os 109 e 36, e pais do erudito e ilustrado agricultor Pedro Maria Dantas Pereira, falecido nesta vila de Torres Novas
    Um bem lamentável desastre perturbou a vida do ilustre sábio torrejano.
    Em 8 de outubro de 1812, o Dr. Martins da Cunha Pessoa saiu de Lisboa embarcado com a família para o Ribatejo, onde tinha importante lavoira; em virtude de um tufão, o barco voltou-se em frente de Vila Nova da Rainha.
    Como os barqueiros temerosamente se recusassem a lutar com a corrente impetuosa das águas, procurou êle valer aos desgraçados náufragos, conseguindo apenas tirar para fora com vida uma criada e sua mulher já moribunda; durante mais de duas horas, mas inutilmente, labutou para salvar os seus dois queridos netos, que afinal lá ficaram no rio.
    No dia imediato, serenada a tempestade, e posto o barco a nado, foram as duas pequenas vítimas encontradas, estreitamente abraçadas, sob o cavername do mesmo. (2)
    Viveu êle ainda dez anos depois deste tão trágico acontecimento, mas a sua vida não foi mais que uma prolongada angústia, vindo a falecer dum ataque de bexiga, a 22 de agosto de 1822, na sua casa no largo do Caldas, em Lisboa.
    Foi grande o apreço e consideração que os seus trabalhos e inteligência mereceram dos sábios estranjeiros a quem o Marquês de Pombal incumbiu a aplicação da reforma dos estudos da Universidade de Coimbra, conforme se vê do seguinte documento, cujo original tivemos em nosso poder.
    "Eu Dr. Domingos Vandelli, Lente de Prima Jubilado na faculdade filosófica, Director do Real Jardim Botânico, e Deputado da Real Junta do Comércio, atesto que o Dr. José Martins da Cunha Pessoa, Médico da Câmara de S. Majestade freqüentou e se distinguiu em todas as Aulas da faculdade filosófica, da qual tomou o grau de Bacharel, e juntamente foi um dos primeiros que recebeu o prémio da mesma pela sua grande aplicação, e aproveitamento. Foi proposto pelo Dr. João António Dalla Bella, Lente de física experimental, para sêr demonstrador da mesma, e se lhe exibiu um dos capelos gratuitos, que S. Majestade mandou dar aos melhores Alunos da faculdade, que não aceitou, querendo êle seguir a medicina. Foi incumbido pela faculdade de examinar as antigas minas de ferro de Figueiró dos Vinhos, o que exactamente executou, entregando à Secretaria de Estado dos Negócios do Reino o resultado de suas observações e experiências; e também foi incumbido de analisar as águas das Caldas da Rainha, que publicou, e naquele tempo (1778) não podia haver mais completa...; e além disso me consta, por sêr eu da Congre-gação de Medicina, que se distinguiu entre todos os seus condiscípulos na dita faculdade; e pelo que me disse várias vezes o Dr. Miguel Franzini, êle foi um dos melhores discípulos que houve naquele tempo nas Aulas de Matemática; e por sêr tudo isso verdade lhe passei esta por mim assinada, que se fôr necessário juro debaixo do meu grau. Lisboa, 5 de maio de 1793. - Dr. Domingos Vandelli".
    Do Dr. José Martins da Cunha Pessoa ainda hoje existem bastantes descendentes nesta vila: Dantas, Pimentas, Barachos, etc.
    Tradicional é ainda nesta família o seguinte curioso incidente da sua vida.
    o Como durante a freqüência universitária em Coimbra muito se salientasse pela distinção dos seus cursos, sendo, como já dissemos, o primeiro estudante dessa época, o grande ministro de D. José, Sebastião José de Carvalho e Melo, marquês de Pombal, sempre que visitava aquele estabelecimento científico, distinguia o laureado estudante com o seu atencioso agrado e as mais lisonjeiras promessas para o futuro.
    Quando logo em seguida à morte do rei, em 2 de fevereiro de 1777, o ministro foi demitido de todos os cargos e recebeu ordem para se recolher à sua casa de Pombal, não houve acusação que seus inimigos lhe não fizessem, sendo perseguidos todos os parentes e amigos do caído estadista. Pois foi nessa altura que o Dr. José Martins da Cunha Pessoa deu prova da sua inteireza de carácter, arrostando todas as más vontades para demonstrar a sua gratidão ao perseguido.
    No momento em que todos fugiam do ex-poderoso ministro, principalmente, segundo costume, os que êle havia elevado, o Dr. Cunha Pessoa dirigiu-se à vila dé Pombal para em testemunho de gratidão o cumprimentar, significando-lhe o seu pesar pelo régio desagradado e conseqüente desgraça.
    Diz-se que, assaltado no caminho por um numeroso grupo de inimigos do marquês, a todos zurziu fortemente à cacetada, sendo forçados à fuga os poucos que não ficaram estendidos na estrada, pois, em virtude da sua colossal força, a cada golpe vibrado correspondia um corpo por terra.
    A sua visita muito comoveu o já decrépito marquês, pela excepção que constituía tão gratifica e pública manifestação de apreço pela sua vilipendiada pessoa.
    Diz-se ainda que, quando já médico do paço, um dia a rainha lhe falara do incidente de Pombal, felicitando-o afàvelmente por haver saído ileso do ataque na estrada junto àquela vila, sem a menor referência à visita feita ao marquês, o que em todos os palacianos causou manifesta admiração. Tal era o conceito em que a soberana tinha o seu médico.
    Não encerraremos o presente artigo sem descrever um facto que bem mostra a coragem extraordinária do Dr. Cunha Pessoa, que em pouco apreço lhe fazia têr a vida, como por mais de uma vez demonstrou.
    Quando ardia o pavilhão de madeira, construído na Ajuda após o terremoto de 1755, para residência da família real, chega o ilustre médico torrejano e encontra a princesa D. Maria Francisca Benedita, viúva do príncipe da Beira, D, José, lamentando a perda das suas jóias.
    Como ninguém ousava meter-se ao fogo para salvar as jóias, o médico, que na sua qualidade de familiar do paço conhecia a disposição de todos os aposentos, depois de haver ensopado o capote numa tina de água, lançou-o sobre si e, fazendo uso dos seus conhecimentos de física, entrou no palácio, baixando-se o mais que pôde.
    A ansiedade foi geral! A princesa perdeu os sentidos, mas a breve trecho, quebra-se a janela do quarto da princesa e por ela sai o guarda-jóias, móvel pesadíssimo, impelido pelos músculos de aço do médico.- Êle seguiu logo o móvel, que já vinha algo tisnado do fogo, precioso objecto que lhe foi depois oferecido pela princesa e que ainda hoje se conserva em poder dos descendentes do valoroso médico da real câ-mara, nesta vila, onde o vimos juntamente com o documento donde extraímos estas narrações finais.1
  • Nascimento: Abril 1745; Alcanena, Alcanena, Torres Novas1
  • Casamento: 13 Janeiro 1779; ermida de S. Sebastião, S. Pedro, Torres Novas, Torres Novas; (Liv 1745 - , fl. 118); Casado(a) com=Antónia Maria Rosa Barroso1
  • Falecimento: 20 Agosto 1822; Lisboa, Lisboa1

Citações

  1. Artur Gonçalves Torrejanos ilustres, em Letras, Ciências, Armas e Religião, Camara Municipal de Torres Novas, Torres Novas, (1933).
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Maria Cunha Pessoa

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Maria Cunha Pessoa

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Maria da Rosa da Cunha Pessoa

n: 1823, f: 12 Novembro 1913

Familia 2: Ten Luís Joaquim Leitão n: 17 Fev 1827, f: 1901

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Maria Eugénia da Cunha Pessoa

Citações

  1. Artur Gonçalves Torrejanos ilustres, em Letras, Ciências, Armas e Religião, Camara Municipal de Torres Novas, Torres Novas, (1933).
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Maria Raquel da Cunha Pessoa

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Marquesa Cunha Pessoa

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Marquesa da Cunha Pessoa

n: cerca de 1801, f: 13 Março 1873

Familia: David José Lopes

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Marquesa Gabriela da Cunha Pessoa

n: 21 Novembro 1845, f: 18 Setembro 1889

Familia: Luís Augusto do Souto n: 1835, f: 1889

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Cor. Pedro Lopes da Cunha Pessoa

f: 1888
  • Nota: PT/AHM/G/LM/A/03/01/0077

    PT/AHM/G/LM/A/16/06/0960
  • Casamento: Casado(a) com=Maria do Patrocínio de Barros Pita
  • Nascimento: 6 Junho 1865; S. Jose, Lisboa; PT/AHM/G/LM/A/03/01/0077
  • Falecimento: 1888; Faleceu. Era diretor do Hospital Militar da Estrela
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Perpétua Augusta da Cunha Pessoa

f: 19 Julho 1851
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Perpétua da Cunha Pessoa

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Luís Filipe Augusto de Noronha e Menezes Freire de Andrade de Carvalho de Cunha Pimentel

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